A paixão que nos domina

Nunca é o outro, sempre somos nós… Essa coisa do “me apaixonei pelo que eu inventei de você” é a maior realidade que existe sobre os relacionamentos românticos. Tanto as mulheres quanto os homens fazem isso, identificam uma figura provável idealizada e projetam o seu EU e as suas necessidades nesta pessoa. Como esse outro não é exatamente o que se espera, tentam molda-lo ao seu ideal, as suas necessidades, aos seus planos e fantasias.

Esse é o típico comportamento narcisista, quando esse EU quer a necessidade satisfeita ainda que isso custe a anulação do outro… O pensamento narcisista é “busco alguém que me faça completamente feliz”…Toda paixão cresce porque é alimentada por nossas necessidades ou carências. Os opostos se atraem justamente por essa dinâmica neurótica de querer construir no outro os seus valores… mas esses opostos se cansam, se desgastam e se desiludem…Os iguais permanecem, constroem juntos e são frutíferos. A regra das relações é: “Veio fácil, vai fácil”… Esse é o looping da paixão.

Construir relacionamentos de valor requer investimento, paciência, tolerância, dedicação e espaço. Relacionamentos bons são os relacionamentos justos onde a individualidade é preservada.

Desejo que você encontre um amor e que ele tenha valor para você.