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Você tem tirado férias clandestinas?

Caro leitor,

Vamos começar a segunda-feira com tema polêmico? Qual é o limite entre trabalho remoto e momentos de lazer? O que está de acordo com a ética, o que é legal e o que é praticável?

Um artigo da Forbes do dia 10 de maio, aborda uma questão que tem se tornado cada vez mais comum no ambiente de trabalho remoto: a prática de tirar ‘ferias clandestinas’ durante o expediente. Com a flexibilidade e a autonomia que o trabalho remoto proporciona, muitos profissionais têm optado por realizar atividades pessoais durante o horário de trabalho, o que pode impactar diretamente na produtividade e na qualidade do trabalho entregue.

É compreensível que, diante de tantas tarefas e responsabilidades, as pessoas sintam a necessidade de pausas e momentos de descanso ao longo do dia. No entanto, é importante lembrar que o compromisso com a empresa e com as entregas deve ser prioridade durante o horário de trabalho. Afinal, a confiança e a transparência são fundamentais para manter uma relação saudável com a empresa e com os colegas de equipe.

Para evitar o deslize de tirar ‘ferias clandestinas’ durante o expediente, algumas dicas foram apresentadas como úteis:

1. Estabeleça uma rotina de trabalho: defina um horário fixo para iniciar e encerrar as atividades do dia, respeitando os momentos de pausa e descanso.

2. Mantenha a comunicação transparente: caso necessite de um período de descanso durante o expediente, comunique seu gestor ou equipe, de forma a não comprometer as entregas e prazos estabelecidos.

3. Organize suas prioridades: mantenha uma lista de tarefas a serem realizadas e priorize aquelas que são mais importantes, garantindo que o trabalho seja realizado de forma eficiente e eficaz.

4. Dedique-se durante o horário de trabalho: mantenha o foco e a concentração nas atividades que precisa realizar, evitando distrações que podem comprometer a qualidade do seu trabalho.

Porém, cabe aqui considerar o aspecto legal do trabalho remoto. A Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) trouxe alterações significativas na legislação trabalhista e introduziu a possibilidade de acordos individuais ou coletivos para o trabalho remoto.

Entretanto, muitas empresas alegam ser inviável o controle da jornada trabalhada a distância, e criando agora um modelo de retorno ao trabalho 100% presencial.

É preciso considerar as diferentes visões sobre produtividade. Segundo o artigo da Forbes, um estudo da Owl Labs, empresa que fabrica dispositivos de videoconferência em 360°, conduzido no ano passado com 2.050 trabalhadores americanos, encontrou uma discrepância entre o que os gestores e os trabalhadores remotos pensam sobre produtividade.

As conclusões mostraram que 60% dos líderes estão preocupados que os trabalhadores sejam menos produtivos remotamente, enquanto 62% dos profissionais dizem que se sentem mais produtivos no trabalho remoto.

Segundo a pesquisa, 55% dos funcionários disseram que dedicam mais horas trabalhando remotamente do que no escritório. Além disso, 83% dos trabalhadores remotos sentem que operam no mesmo nível ou em nível superior nesse regime.

Esses resultados refletem as perspectivas divididas sobre o trabalho remoto e a produtividade. Talvez a melhor saída seja o chefe apoiar a flexibilidade dada aos funcionários – em casa ou em uma viagem – entendendo que seus funcionários vão fazer um trabalho bem feito.

Eu penso que precisamos debater cada vez mais o tema e procurar entender como as diferentes visões podem se equalizar. Em um cenário cada vez mais competitivo e exigente, é essencial que os profissionais demonstrem comprometimento e responsabilidade com suas obrigações, mesmo no ambiente de trabalho remoto. Ao adotar uma postura ética e profissional, é possível conciliar o bem-estar pessoal com excelentes resultados profissionais, garantindo o sucesso e a satisfação no trabalho.

Por outro lado, a confiança precisa ser estabelecida entre ambas as partes. As empresas precisam também modificar sua visão sobre produtividade, responsabilidade e resultados.

E você, o que acha a respeito? Deixe nos comentários a sua opinião.

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